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sábado, 15 de outubro de 2016

Jiló, o cão abandonado

Jiló é um cachorro muito amigo, morava em um orfanato para cães, tinha muitos amigos e gostava muito do seu tratador. Ninguém sabe ao certo quando nascera, o veterinário dele, dr. José Pimenteiro me disse que pela arcada dentária, supõe que tenha 4 anos de idade.  Ele também me contou que Jiló foi entregue no orfanato por uma família, resolveram mudar de cidade de uma hora para outra e deixaram o animal por lá. Imagino que Jiló não estava em seus planos, coitadinho tão novo, com uma história tão triste.
Continuou me contando que Jiló é um cão muito brincalhão e sapeca, seu hobby preferido é brincar de pegar bola com Tino, os dois saem para passear todos os domingos.
Dr. José Pimenteiro também falou da preferência que as pessoas têm quando procuram o abrigo de cães, sempre perguntam se têm animais de raça, os cães sem raça definida como Jiló, ficam sempre em ultimo plano.
Um dia apareceu um casal com uma criança, estavam procurando um animal para adoção, tinham também preferência por cães de raça, especificamente da raça labrador. Os labradores são cães muito dóceis, eu acho os vira-latas também uns amores.
Quando o cãozinho Jiló viu o menino atrás das grades, começou abanar o rabo feito um louco, queria chamar atenção para si, era a chance dele ganhar uma família. Finalmente foi escolhido, ia ter uma cama bem quentinha, uma casa bem espaçosa, ia correr sem parar.
Os novos donos assinaram o termo de posse responsável e o levaram para casa, no outro dia ligaram para o orfanato de cães, queriam contar que Jiló estava bem, mas chorara a noite toda, possivelmente com saudades do local. Tinha criado vínculos afetivos com seus amigos, mesmo ganhando uma família só para ele, a saudade era muito grande. 
Vovó contava que a gente não consegue controlar o coração, vai vê com os cães acontece a mesma coisa.

Sempre enviavam fotografias de Jiló para o orfanato, no ultimo telefonema contaram que ao começar arrumar as malas, Jiló começou ficar cismado; não queria comer, nem brincar. Também, não podia ser diferente, da última vez fora abandonado dentro de um orfanato para cães. Seus novos tutores não eram nem um pouco parecidos com os anteriores, eram amorosos, compraram até uma caixa de transporte para Jiló. Vão levá-lo para conhecer a cidade de Assis, na Itália. Eu fiquei muito feliz com a história do cachorro Jiló, sai de lá pedindo a São Francisco de Assis para que todos os cães do orfanato tenham a mesma sorte dele. 


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